segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Conversa no carro

No carro da auto-escola, chegando ao local onde eu iria treinar minha direção super habilidosa, meu instrutor começa a falar do feriado.

- Maravilha, vou viajar na sexta cedo e volto só depois do feriado!

Eu, meio constrangida, digo:

- Eu acho que eu tenho aula sexta e sábado.

Ele, meio brincalhão, diz que vai no sábado a tarde então. "Ufa", penso eu, "Pelo menos não vou ter que desmarcar a aula".

- Aí eu durmo até tarde sábado e vou direto viajar descansado. - ele disse.

É, acho que ele não entendeu que às 8 horas da manhã de sábado eu estarei esperando por ele. Que pena, é maldade mesmo, né?

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dança do Ventre

Não é difícil encontrar na internet textos explicativos sobre a origem da dança do ventre e seus benefícios - apesar de nem todos serem tão confiáveis assim -, mas infelizsmente é muito difícil encontrar livros que falem sobre isso. No cinema, apesar de raras, existem boas produções que abordam o tema da dança, como "O segredo do grão", que trata mais a respeito da cultura e das relações familiares, mas tem uma certa relação com a dança.
Uma das primeiras bailarinas a se apresentar na telona foi Samia Gamal. Com o cinema, o processo de disseminação da dança foi acelerado, levando a dança e a cultura ocidental para o resto do mundo.





Hoje existem muitos vídeos técnicos de dança do ventre, facilmente encontrados em sites como o Youtube ou em lojas árabes em formato de DVD, que ensinam principalmente os passos mais básicos (se tiver interesse, é só digitar "how to bellydance" ou qualquer coisa neste gênero que aparece sem dúvidas). No Brasil, a dança foi muito divulgada principalmente com a novela da Rede Globo "O Clone", cuja personagem principal, interpretada pela atriz Giovana Antoneli, era Jade, uma marroquina que vivia um romance com Lucas, um brasileiro.



Apesar da disseminação da dança no mundo ocidental e do surgimento em massa de cursos de dança do ventre em escolas, centros culturais e academias, ainda existem muitos mitos em relação a esta arte e ela ainda é pouco explorada no cinema. Infelizmente quando vemos uma cena de dança oriental no cinema ou em séries de televisão, costuma ser muito rápida e as bailarinas são colocadas como objeto de desejo sexual, vulgarizadas e erotizadas, o que contribui ainda mais para os esteriótipos que a dança carrega. Além disso, a popularização da dança também ocasionou o surgimento de professoras que não são preparadas para lidar com movimentos que, se mal trabalhados, podem gerar danos graves no corpo.
Mas existem filmes bons sobre o assunto. Alguns falados são "Satin Rouge" e "My mother is a bellydancer", que eu infelizmente ainda não tive a oportunidade de assistir, mas logo farei isso.



Espero que o post tenha ficado agradável e interessante.. E, entendedores de dança, manifestem-se, pois sei que ainda tem muita coisa pra falar sobre isso!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Curta: Laços (Ties)

Há algum tempo atrás, um ano ou dois talvez, eu assisti a um curta na internet. Era o vencedor ou um dos melhores do concurso do Youtube (que por sinal eu quase participei por incentivo do meu pai) "Project: Direct". Não vou me estenter muito explicando o contexto porque eu também não me lembro, mas a proposta envolvia produzir um curta e publicá-lo no Youtube.
De alguma forma, o link chegou a mim. Provavelmente quando eu estava procurando alguma coisa na internet ou quando algum amigo me mandou para assistir.
O importante é que, na época, eu adorei o vídeo. Coloquei na minha página do Orkut, indiquei para todos os amigos, fiz a maior festa... Agora, depois de algum tempo, com a cabeça mais em ordem e as idéias amadurecidas, lembrei do curta e resolvi assistí-lo novamente. Aqui vai ele, para que vocês vejam e acompanhem os meus comentários em seguida:


(créditos à minha tia Jussara que me ensinou a colocar vídeos no blog)





Agora que você já assistiu o vídeo uma vez, assista mais uma, já sabendo o final, pra pensar e tirar suas próprias conclusões antes de ler o que eu tenho a dizer.

Bom, antes de tudo quero dizer que minha intenção não é fazer um comentário crítico sobre o curta. É claro que eu vejo defeitos assim como vejo qualidades e tenho lá umas chatices pra dizer a respeito de vários detalhes, mas não quero me apegar a isso. Hoje eu quero falar das qualidades, do que eu gostei no curta. Então, vamos à isso!

Pra começar, uma coisa: eu adoro a música do começo! Demais, demais mesmo! Na época que descobri o vídeo um amigo meu milagrosamente conseguiu a música pra mim e depois eu nunca mais achei em lugar nenhum, se não me engano é de composição dos autores do curta.

Ele começa com uma menina correndo, fugindo do enterro do pai, triste, quando surge um garoto, lhe fazendo perguntas que ela não quer responder. Ele está com uma gravata pendurada no pescoço e pede para a garota lhe fazer um laço, que ela faz de má vontade. À partir daí o laço na gravata começa a adquirir outros significados. Ela dá o laço com pressa, de mal jeito e, quando perguntado se gostou dele, o garoto responde: "Eu prefiro os laços firmes. Aqueles mais difíceis de se fazer e de se desfazer, mas que quando feitos e depois desfeitos, podem se orgulhar de si próprios e falar com convicção: 'Eu fui um grande laço!'".
Essa fala, que eu considero lindíssima, já deixa claro o símbolo que foi colocado ali. Um paralelo entre o simples laço da gravata e os laços afetivos e emocionais. Ainda assim, a garota não entende a mensagem que lhe está sendo transmitida, mas aos poucos cede às insistências do garoto. "É bobagem chorar por laços que parecem desfeitos mas que continuam firmes. Alguns laços são teimosos. Às vezes a gente pensa: 'Puf! Lá se foi ele...', mas ele vai estar sempre aí, que nem alguns amores", diz o garoto algum tempo depois. Aí já fica mais evidente a relação da metáfora não com qualquer relacionamento, mas sim com aquele que ela estava considerando quebrado naquele momento, a relação que ela tinha com seu recentemente falecido pai.
Assim, o garoto diz, para finalizar: "Ficou lindo! O laço...". Que é a dica para compreender que ele conseguiu atingir seus objetivos, fazer a garota entender aquilo que estava vivendo e não se deixar abater por aquilo, pois o que realmente importava permaneceria. Quando ele completa sua 'missão', dá um beijo carinhoso na menina e vai embora tranquilo.
Então, o curta acaba com a menina recebendo de sua mãe uma lembrança do pai: uma foto do dia em que eles se conheceram que, para a surpresa dela, é o rapaz com que ela esteve nos últimos minutos, o 'maníaco do laço', como ela o chamou numa passagem. E aí, entendeu?

Não gosto de ficar falando que isso ou aquilo quer dizer isso ou aquilo especificamente. Eu demorei um certo tempo para entender o real significado desse curta, mas agora que acredito ter compreendido, quero deixar essa mensagem no ar. E também deixar a idéia de que nós não precisamos ter muitos laços feitos por aí, nos basta um laço bem feito e pronto!

Agora que você já viu o curta e já leu meus comentários, que tal assistir novamente? Eu só compreendi melhor depois de assistir muitas vezes, então, vamos lá!

Para pensar (I)

Quando alguém nos ajuda ou é simpático demais conosco, temos a mania, quase sempre, de achar que algo está errado. Ou pensamos no que passa pela cabeça daquela pessoa para ela ser daquele jeito, ou pensamos no que ela provavelmente vai querer em troca. Ninguém pensa que as pessoas podem simplesmente querer ser gentis, educadas, amáveis, caridosas, sem necessariamente tirar algum proveito da situação.