quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Buenos Aires

De volta dos meus 4 dias de férias improvisadas em Buenos Aires...
Foi uma viagem tão gostosa, tão bem aproveitada, que deu vontade de escrever sobre ela, aproveitando pra deixar alguns comentários e dicas sobre a cidade.
É uma cidade de fácil acesso (não precisa ter passaporte, basta o RG), fácil comunicação (por ser uma língua latina) e muito turística, o que significa que estão todos muito acostumados a ter estrangeiros lá e a receptividade é ótima, sem contar que tem brasileiro em toda esquina.
Uma coisa que não posso deixar de comentar é a quantidade de cachorros que tem naquela cidade! Em todos os lugares que você vai lá tem vários cachorros (e a maioria deles é enorme!), nas praças a quantidade chega a ser absurda. Existem passeadores oficiais que ganham super bem pra fazer isso lá.
Se locomover em Buenos Aires é a coisa mais fácil do mundo. Da primeira vez que fui para lá, andei basicamente a pé pelo bairro do hotel ou de táxi. É uma cidade muito plana e quadrada, então não é difícil de encontrar as ruas, apesar de ser importante ficar atento à numeração, porque a maioria das ruas é muito longa. A númeração, na verdade, é um problema. Na maioria das ruas e avenidas eu não consegui localizar muitos números, o que dificulta um pouco as coisas. É difícil também saber os nomes das ruas, porque as placas ficam principalmente nos grandes cruzamentos, mas nas partes de menor destaque é raro ter alguma coisa que indique o nome da rua.
O metrô (subte) é super rápido, os atendentes explicam bem os caminhos e o bilhete é bem barato (o equivalente a aproximadamente 60 centavos), mas é tudo muito sujo (como toda a cidade é) e parece não ter manutenção muito frequente. Um diferencial bacana do metrô lá é que tem uma pessoa dentro do trem que controla o abrir e fechar das portas, o que evita aquela correria pra entrar no vagão antes de apitar. É importante tomar cuidado com o lado da estação que você vai entrar, porque não tem passagem de um lado para o outro, como temos em Sâo Paulo, então se você entrar pelo lado errado vai ter que sair da estação, atravessar a rua e entrar de novo, ou seja, vai pagar duas vezes. Além disso, é bom tomar cuidado com as conexões porque você pode facilmente sair da estação sem perceber (pelo menos eu fiz isso! hahaha).
O transporte em geral em Buenos Aires é muito bom. Tem ônibus circulando o tempo todo (apesar de eu não ter tido uma boa experiência com ônibus lá), as estações de metrô são super próximas umas das outras, os táxis são muito baratos e passam literalmente o tempo todo em qualquer lugar da cidade e é um ótimo lugar pra andar de bicicleta (e tem várias empresas que alugam bicicletas, mas CUIDADO que essas empresas não funcionam de domingo!).
Passeios para turistas existem aos montes, qualquer dia. Tem bastante coisa boa pra fazer durante o dia, muita comida boa, muitos doces maravilhosos e de final de semana quem não conhece a cidade não pode deixar de conhecer as feirinhas de San Telmo e da Recoleta. Na primeira, que ocorre apenas aos domingos, vale aproveitar para ver a estátua da Mafalda, sentadinha num banquinho de braça na esquina da Rua Chile com a Defensa, bem perto da casa onde Quino morava quando criou a personagem e onde supostamente Mafalda morava nos quadrinhos. Pra quem quer levar uma lembrança dela, lá não faltam quadrinhos, camisetas, chaveiros, canecas, réplicas e tudo o que pode existir! Na segunda feirinha (da Recoleta), é bom aproveitar a visita para conhecer o Cemitério da Recoleta, onde estão várias personalidades (acredito que o túmulo mais famoso seja o da Evita Perón) e rende uma caminhada agradável (em meio a muitos flashes de câmeras estrangeiras, é claro).
Pra quem gosta de doce, em muitos lugares é fácil de encontrar medialunas (uma espécie de croissant doce) e o sorvete Freddo, tudo muito delicioso e imperdível! Na loja do Freddo em Puerto Madero foi onde eu encontrei o doce de leite mais barato para comprar e trazer para o Brasil.
Em todas as farmácias e bancas de jornal tem várias marcas diferentes de alfajores para conhecer, a preços bem baratos, mas ainda assim acho que o melhor é o Havanna mesmo (e de acordo com um morador o Cachafaz é bem parecido).
Para caminhar e encontrar um restaurante, Puerto Madero, onde dá para visitar também um barco-museu e a Puente de la Mujer.
A noite é agitada e praticamente todos os turistas vão aos shows de tango, que costumam ser bem caros. A Av. Corrientes (Broadway portenha) rende um belo passeio noturno, cheia de cartazes e teatros e muitos panfleteiros divulgando peças e shows de Stand-up. Lá também tem o museu dos Beatles e um café delicioso com o melhor alfajor que comi na viagem, o alfajor de laranja com doce de leite do El Gato Negro, um café agradável com uma variedade incrível de chás.
Ao sair a noite, um cuidado: o que estamos acostumados a chamar de consumação aqui no Brasil não significa a mesma coisa por lá. Lá, ao se pagar um valor de entrada com consumação, significa que você pode escolher apenas UM produto com o valor da sua entrada, não significa que você pode consumir livremente até alcançar aquele valor.
Uma carne que vale a pena é o bife de chorizo do Café Tortoni. Caro, mas delicioso.
Para quem gosta de dança, é essencial conhecer as milongas, bailes de tango que os portenhos vão para conhecer pessoas e aproveitar a noite. Bem diferente dos shows para turistas, as milongas são lugares onde os apaixonados por tango vão para dançar e antes do baile geralmente tem uma aula para quem quer começar a aprender alguma coisa.
É bom também ver os dançarinos de rua, que ficam a maior parte em La Boca.

Buenos Aires é uma cidade incrível, extremamente deliciosa, tem um clima muito agradável, as pessoas são super simpáticas e não se importam de dar informações e indicações de caminho. É bom para quem gosta de observar, aproveitar os pequenos detalhes, gastar pouco e comer bem.
Para quem quer couro, indico uma loja dentro de uma galeria em San Telmo, bem mais barata do que as lojas da Rua Murillo (a rua do couro, que tem muitas lojas de fábrica) e com uma qualidade muito boa também.
Dica importante, não só para quem vai para Buenos Aires, mas para qualquer pessoa que vá sair do Brasil, é autorizar o cartão do banco antes da viagem, para evitar problemas (mas o melhor mesmo ainda é usar sempre dinheiro, na minha opinião).

Bom... com certeza ainda vou escrever muito mais aqui, lembrar dos detalhes e de outras coisinhas mais gostosas de falar e menos práticas, mas aos poucos o post vai se completando.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

De volta!

Hoje comprei pela primeira vez a Revista Shimmie, uma revista especializada em dança do ventre que eu queria comprar há tempos. Pretendo fazer um post sobre essa revista detalhado depois, mas agora meu objetivo é outro.
O blog morreu, minha falta de idéias para escrever somada às poucas visitas que o blog recebia me fizeram desanimar e diminuir a frequência de posts até que eles não existissem mais. Uma pessoa que eu considero muito importante na minha vida me disse hoje, como já disse milhões de outras vezes, que eu precisava voltar a escrever. Que eu gosto de escrever, que sente falta disso em mim ultimamente. A verdade é que eu acho que ando sentindo falta também.
Nesta edição da revista (número 5) tem uma reportagem sobre blogs (teoricamente sobre blogs de dança, mas eu achei que se aplica muito bem a todos os tipos de blog) que ficam abandonados, como aconteceu com o meu. E lendo essa reportagem e pensando em várias coisas, concluí que eu não preciso de grandes idéias para escrever, não preciso receber muitos comentários e nem muitas visitas. Eu preciso escrever e só. Escrever sempre me fez bem e tenho certeza de que vai continuar a ser assim para sempre.
Esse blog já me trouxe muitas alegrias, já me fez reencontrar amigos que eu não sabia onde estavam que apareceram de repente comentando no blog, já me fez perceber a dimensão que a internet tem (quando vi que recebia visitas de outros países), já me fez me conectar um pouco mais com algumas pessoas que estão distantes...
Atualmente os blogs estão voltando cada vez mais. Tenho uma amiga que sempre escreve para o blog dela e divulga no Twitter e Facebook, mas eu nunca tomei vergonha e me dediquei um tempo específico só para ler o que ela escreve. Acho que está mais do que na hora de retomar esse meu lado.
O que não me faltam são assuntos para escrever. Pretendo falar de todas as edições da Revista Shimmie (agora que sou assinante!!!!!), pretendo talvez escrever um pouco mais sobre a dança em si (tanto dança do ventre e tribal, que eu pratico, como tantas outras que eu admiro), pretendo talvez discutir algumas das inúmeras questões que me faço quando estou estudando alguma coisa na faculdade ou então expor algumas teorias que eu esteja estudando que eu ache que valha a pena compartilhar. Tem um texto da Gestalt-terapia que eu quero muito divulgar para todos, tem muita coisa boa por aí para ser comentada.
Lá vou eu então, mais uma vez tentando retomar o blog, dessa vez sem muita frescura, sem me preocupar muito com tudo. Hora de aproveitar o meu espaço aqui. :) Até mais!


PS.: Se alguém estiver aí lendo, além de dar um alô, pode sugerir dicas de post, estou anotando tudo!