sexta-feira, 4 de maio de 2012

Terapia Cão Carinho

Como sempre que resolvo voltar a escrever tenho mil coisas para falar, não vou pensar duas vezes antes de começar a falar de uma das coisas que mais tem movido meus dias atualmente: AAA, TAA e EAA. 
Antes de mais nada, uma boa pergunta a ser respondida: o que significam essas siglas? Elas significam Atividade Assistida por Animais, Terapia Assistida por Animais e Educação Assistida por Animais.

Quando eu comecei a fazer dança-do-ventre, uma das minhas colegas de turma, que na época estava cursando Psicologia, participava de um grupo de AAA/TAA/EAA. Sempre via fotos dela com os cachorros e com idosos ou crianças, fazendo brincadeiras, comemorando datas importantes, etc e sempre achei muito interessante, mas nunca fui muito atrás para saber o que era.
No começo desse ano, eu tive um momento (sou movida à momentos, como podem perceber). Eu estava muito triste, com uma daquelas tristezas que nem a melhor notícia do mundo é capaz de melhorar, chorando muito e completamente desanimada para tudo, mal conseguindo ficar na sala para assistir aula, tamanha era minha falta de concentração. No meio dessa minha tristeza toda, estava andando pela casa quando me deparo com a minha cachorra, Nina, sentada no meio do meu caminho me olhando sorridente. Foi uma questão de instantes para eu começar a sorrir e me abaixar para fazer carinho nela.
Assim, depois dessa experiência pessoal, resolvi me informar mais sobre as atividades com cães que eu sempre via no Facebook da menina que fazia dança comigo. Procurando pelas opções dela, achei a página de um grupo que já me cativou pelo nome: Terapia Cão Carinho. Entrei no site do projeto, fiz minha inscrição e acabei esquecendo de tudo isso, até que um dia recebi um e-mail com data para uma reunião de Novos Voluntários. A partir desse dia, tudo mudou.
Fui na reunião, conheci o projeto, as pessoas e os cães incríveis que fazem ele acontecer, vi os projetos, as idéias, a dinâmica... Fiquei encantada. Comecei a falar para todos ao meu redor, a divulgar, não conseguia (e ainda não consigo) passar um dia sequer sem procurar mais informações a respeito... E foi assim que eu entrei nesse universo.
Agora quem estiver lendo esse post pode estar se perguntando que diabos é tudo isso que até agora eu não expliquei, certo? Bom, nada mais é do que um grupo de voluntários e cães terapeutas que fazem visitas a instituições, como hospitais, asilos, etc. A proposta é de usar o cão como um facilitador do contato com os assistidos, então temos cães que passam por uma avaliação comportamental e veterinária que vão conosco nas visitas e interagem com as crianças, os idosos e quaisquer outros grupos de assistidos que possamos visitar. A idéia parte do pressuposto de que o contato com animais é terapêutico, pode desenvolver habilidades, potencialidades, interação com outros seres, confiança, entre tantas coisas que mal tive acesso ainda, de tanta coisa que é! É possível notar, ao desenrolar de cada visita, a expressão das crianças, a diferença do começo da visita para o final, o bem que esse contato faz para elas. É impressionante. Já imaginou se você estivesse numa sala de espera de hospital e surgissem vários cães que você pudesse brincar, fazer carinho, se divertir? Não tornaria o momento muito mais gostoso e muito menos traumático para aquelas crianças que tem medo de hospital, por exemplo? Sem contar nos benefícios vistos com crianças autistas, por exemplo, que desenvolvem o cuidado com o cachorro, a interação com outro ser vivo, a paciência...
Posso dizer que encontrei um grupo de pessoas e animais incríveis, que estão me tornando uma pessoa melhor e que me fizeram, além de tudo, me aproximar muito mais dos meus animais e assim fazê-los muito mais felizes!

Para finalizar, uma indicação para qualquer um que possa se interessar pelo assunto é o  I Simpósio Internacional de Atividade/Terapia e Educação Assistida por Animais - I SINTAA, que acontecerá de 06 a 09 de setembro de 2012, no Instituto de Psicologia da USP. Eu já fiz a minha inscrição, é super rapidinho e o preço é bacana, acho que vai valer muito a pena não só pelo conteúdo como também pela experiência de estar lá com as pessoas da área.

Escrever para viver

Eu sempre gostei muito de escrever e nos últimos dois dias me aconteceram algumas coisas interessantes relacionadas a isso.
Ontem eu estava no ônibus, com meu incrível celular que misteriosamente resolveu nunca mais desconectar da internet, quando recebo o aviso de um novo e-mail na caixa de entrada. Quando fui ver, era uma das minhas escritoras favoritas comentando sobre um texto meu! Um texto no qual eu citava o blog dela bem porcamente e que ela encontrou justamente por estar procurando textos que falavam sobre ele. Respondi a mensagem empolgada, com aquela euforia de fã tentando parecer discreta.
Mais tarde, num barzinho delicioso que eu descobri recentemente e que estou adorando, estava conversando sobre gramática e tive um momento de reflexão. Parei para pensar e concluí que eu nunca soube regras de gramática, nunca decorei os nomes de nada, nunca soube porque uma vírgula vai aqui ou ali... É bem verdade que às vezes eu confundo "porque" e "por que" ou "isso" e "isto" mas, de maneira geral, sempre me considerei alguém que escreve bem. Então ontem, nesse meu momento de reflexão, eu concluí que não faço a menor idéia de como aprendi a escrever da forma que eu escrevo. Eu simplesmente sabia escrever e inclusive sempre foi bastante difícil para mim entender porque tanta gente tem dificuldade para isso.
Para completar a minha pequena lista de acontecimentos interessantes, hoje eu estava perdida no Facebook aproveitando minha sexta-feira livre quando me deparo com uma atualização de uma amiga indicando o post novo do blog dela. Devo dizer que me senti envergonhada por ter passado tantos meses sem prestigiar os textos incríveis dessa minha grande amiga, porém esse momento no Facebook e no blog dela me fez lembrar, mais uma vez, o quanto eu gosto de escrever.

Voltei aqui para o blog e dei uma olhada em tudo o que já escrevi e, para variar um pouco, tive vergonha de mim mesma e quis apagar tudo o que tinha escrito, achando que meus assuntos eram bobos e meus textos superficiais, mas decidi manter tudo como está, por uma simples razão: cada texto reflete quem eu era no momento em que o escrevi. Tenho vergonha de muitos deles e provavelmente não só continuarei tendo como também terei vergonha deste que estou escrevendo agora, mas quem não tem vergonha de alguma coisa que já foi um dia? E desde quando precisamos ter vergonha de algo que já fomos?
Com esse post confuso e um pouco sem direção, tento novamente voltar a dar as caras por aqui. Espero finalmente conseguir levar adiante e fazer postagens interessantes.


Até breve (espero).