quarta-feira, 28 de julho de 2010

Reflexões Cotidianas: Lingerie Day

Hoje é o Lingerie Day. Um dia que eu não faço a menor idéia de onde surgiu, para as mulheres trocarem seus avatares (aquelas fotos pequeninas com a sua cara) do twitter por fotos delas de lingerie. Um pouco mais cedo eu entrei num site que tinha "as melhores fotos do Lingerie Day" para todos verem e votarem na campeã.
Esse tipo de coisa sempre me faz pensar. Pra quê tanta exposição? Se fotografar de lingerie, numa pose geralmente sensual e postar falando "ai gente, desculpa, foi o melhor que deu pra fazer", só pra receber ainda mais elogios, não é um pouco demais?
Eu sigo no twitter algumas pessoas que aderiram à isso e o fato de elas terem trocado suas fotos não muda absolutamente o que eu penso sobre elas, mesmo porque eu não sei se o Lingerie Day tem algum propósito maior (vai saber, né?) além das mulheres aumentarem um pouco seus egos na internet.
Mas de qualquer forma tem um fator preocupante que é a própria internet. Se fotos normais são 'roubadas' e editadas para sites de pornografia e de prostituição, imaginem o que pode acontecer com milhões de fotos de meninas de lingerie em poses sensuais?
Não sei, mas fico pensando até que ponto as pessoas são capazes de se expor para terem mais seguidores no twitter ou para ficar conhecidas na internet ou na mídia ou o que quer que seja. Será que é preciso mesmo tudo isso?

Penso no que aconteceria se inventassem um Naked Day...

sábado, 24 de julho de 2010

Reflexões Cotidianas: o que está acontecendo com o romantismo?

Esta semana eu saí com a minha mãe. Ela tinha ido me buscar na aula de dança e no meio do caminho resolvemos parar num barzinho perto de casa para tomar uma cerveja à toa. Pedimos uma porção e as cervejas e ficamos lá curtindo o som ao vivo com ótimo repertório.
Depois de algum tempo, como éramos as únicas a apreciar aquele repertório (que era MPB, basicamente), o músico começou a tocar algumas músicas mais populares, a ponto de chegar a algumas que eu sequer tinha escutado, mas me pareceu sertanejo. Com isso, uma mesa repleta de homens atrás de nós começou a se animar. Eram todos homens adultos, alguns com 30, outros com 40 anos, imagino eu... E um deles sentou estratégicamente perto de mim. Eu fiquei ali na minha, pensando onde ele iria chegar, mas como ele ficou quieto, eu não fiz nada.
Algum tempo depois, ele perguntou meu nome. Depois de três palavras já estava me chamando para ir para o lado de fora do bar pra "conversar melhor" (nós mulheres sabemos bem o que issoi significa...), mas eu prontamente disse que estava tranquila, com a minha mãe e que tinha um namorado que estava fora da cidade. É engraçado que quando eu falo que namoro há dois anos e meio eles já percebem que é sério e normalmente não tentam o truque do "mas ele não está aqui, ninguém vai contar pra ele", etc etc...
Enfim, ficamos conversando por muito tempo. Ele me contou que era do interior, perguntou um milhão de coisas sobre mim que eu respondi somente o necessário para ser cordial (hoje em dia né, tem que tomar cuidado) e foi super educado e respeitoso. Como ele aparentemente tinha entendido que tudo o que ele iria conseguir de mim seria uma longa conversa, eu não me encomodei de prolongar o papo, já que não estava correndo nenhum tipo de risco (mesmo porque mamãe estava ao lado, haha) e o moço era bonzinho.
Quando eu saio com o meu namorado e passa algum vendedor de flores, eu fico intimamente torcendo pra ele resolver me dar uma flor. É claro que é só um gesto, mas pras mulheres principalmente um gesto simples destes pode dizer muita coisa. Me lembro claramente de um dia que saímos juntos, quando ainda nem namorávamos, e quando estávamos no carro ele segurou na minha mão. Aquilo me passou uma sensação de confiança e de união tão grande que não esqueço até hoje! Mas, voltando à história, lá estava eu no bar conversando com o rapaz do interior quando passou um senhor vendendo flores. Ora, quando eu iria imaginar que um rapaz que acabou de me conhecer e que tinha entendido que só teria uma conversa me daria uma rosa com trufa? Acontece que ele comprou a tal rosa e aqui estou eu, olhando pra ela já meio murcha.
É engraçado como as coisas são. Flores ainda são um grande símbolo romântico, mas ao mesmo tempo está caindo na banalidade! São poucas as mulheres que ainda ficam emocionadas ao receber flores - muitas prefeririam ganhar uma jóia ou um sapato caro - e poucos os homens que entendem o significado disso.
Se um cara que me conhece num boteco pode me comprar uma rosa, onde foi parar o verdadeiro romantismo? Acontece que agora ser romântico é brega. Fazer declarações de amor é cafona. É claro que eu não estou me referindo àqueles carros de mensagem que chegam fazendo um escândalo na rua com uma pessoa falando no microfone e milhões de bexigas de coração saltando do porta-malas, mas das pequenas declarações cotidianas. Escrever uma carta, deixar um bilhete, fazer um elogio. Acho que infelizmente até hoje os homens não entenderam que certas atitudes significam muito mais para as mulheres do que eles pensam ao fazê-las.
Então, para onde vai o romantismo? Se as flores estão banalizadas, o "eu te amo" pode ser dito para qualquer um e escrever carta é coisa de "gay" (desculpem pelo termo pejorativo!), como ser romântico hoje em dia? Mandando uma mensagem pelo twitter? É, acho que estamos precisando rever nossos conceitos...


PS.: Sim, o texto é totalmente generalizador e eu SEI que nem todo mundo é assim, mas considerem um comentário sobre aqueles que são assim!

Reflexões Cotidianas: Blog






Quando eu tinha aproximadamente treze anos, os blogs estavam na moda. Todo mundo tinha um Weblogger sobre todos os tipos de coisa que se possa imaginar. Haviam aqueles que funcionavam como diários eletrônicos, que geralmente começavam com um GIF pink piscante escrito "Oieeee" e basicamente as meninas falavam sobre seus dias, sobre as aulas do colégio, a briga com a mãe, a coleira nova da cachorra, enfim, banalidades. Também existiam os blogs que ficavam tão famosos que só faziam promoções, e os prêmios sempre eram um GIF gigante de recomendação para o seu blog. Depois de algum tempo, começaram a surgir os "Condomínios", que eram blogs onde as donas - porque geralmente era mais de uma - colocavam links para outros blogs que tinham sido inscritos lá. O nome "Condomínio" é porque geralmente elas selecionavam por "Prédios" os blogs. Difícil de explicar e entender, mas quem teve blog nessa época certamente vai se lembrar. Enfim, aí tinham os blogs de fãs-clubes (que hoje evoluíram para sites mesmo) e um milhão de "blogs oficiais" da Avril Lavigne ou qualquer outra.

Então veio a moda dos fotologs (flogão, fotologger...), que eram mais divertidos porque na época você precisava colocar todas as imagens do seu blog num site de hospedagem e tinha um limite de imagens, então com os fotologs isso ficou mais fácil, pois cada post era uma foto.

Assim, os blogs morreram, os fotologs morreram e só ficou o Orkut. Recentemente, vem ocorrendo um fenômeno engraçado. No começo, eu achava que era só coisa da minha tia (aqui um dos blogs dela: http://jugehrke.blogspot.com/ ), que estava criando vários blogs e divulgando pra família, mas depois fui perceber que era um fenômeno grande. Começaram a surgir muitos blogs de todos os tipos, mas desta vez criados por pessoas mais velhas, e mais estruturados. Surgiram os tão falados blogs de beleza, inclusive alguns focados especificamente em uma ou outra coisa, outros mais gerais -, blogs de curiosidades, de humor... e os blogs críticos. Básicos, sérios.


É engraçado falar disso no meu blog que eu não sei nem classificar, mas é um fato. Pessoas como eu, por exemplo, que possivelmente tiveram seus blogs coloridos cheios de gifs em 2004 (estou chutando o ano!), voltaram a criar novos blogs, com posts principalmente falando dos assuntos populares na mídia, as notícias mais comentadas, esse tipo de coisa.

Afinal, é correto falar que alguma coisa morreu? NADA morre! Tudo algum dia ressurge, volta, reaparece! E é assim que as coisas são. É um ciclo infindável e incrível, ótimo de ser pensado e analisado. Se pensarmos na "moda retrô", nos esmaltes azuis - quando eu tinha dez anos tudo o que eu queria era um esmalte azul, porque estava na moda -, os blogs e mais um monte de coisas, eles não passam de novas versões de coisas que tinham sido consideradas mortas, acabadas.

Portanto, quando alguma coisa desaparecer por aí, não se preocupe, ela volta!



PS.: Esse post foi motivado por duas amigas minhas que comentaram aqui - que têm blogs! - e por outra que eu descobri hoje que tem blog também: Fabi, Lê e Natty, um beijo!











terça-feira, 20 de julho de 2010

Reflexões Cotidianas: Aparência e "otras cositas más"

Ontem, enquanto estava no carro com a minha mãe, após sair de uma "análise capilar" no Soho, estávamos discutindo sobre o que eu faria com meu cabelo quando começa a tocar esta música, do magnífico Zeca Baleiro:

"[...]
Vem você me dizer
Que vai num salão de beleza
Fazer permanente
Massagem, rinsagem, reflexo
E outras 'cositas más'...

Oh! Baby você não precisa
De um salão de beleza
Há menos beleza
Num salão de beleza
A sua beleza é bem maior
Do que qualquer beleza
De qualquer salão...

Mundo velho
E decadente mundo
Ainda não aprendeu
A admirar a beleza
A verdadeira beleza
A beleza que põe mesa
E que deita na cama
A beleza de quem dorme
A beleza de quem ama
A beleza do erro
Puro do engano
Da imperfeição...

[...]"

E eu fiquei pensando em tudo o que eu pretendia fazer no meu cabelo, mudá-lo completamente, no que eu deveria e não deveria fazer. É realmente uma loucura o que muitas mulheres têm feito, mudando seus rostos, corpos, cabelos e o que mais for possível para se adequar aos padrões estéticos muitas vezes impostos pelos rostos famosos da mídia, mas também é verdade que certas mudanças, até certo ponto, são saudáveis.
No meu caso, aquela situação já estava me fazendo mal. Eu nunca me achei uma pessoa feia, sempre soube que eu tinha lá a minha beleza, mas estava ficando difícil quando eu me olhava no espelho quase todos os dias e não via nada que me agradasse. Esse tipo de coisa prejudica a pessoa emocionalmente e afeta diversos outros pontos da vida que nem podemos imaginar.
Assim, decidi que eu ia mesmo mudar, arriscar, e fiz. Fiz hoje, estou com o cabelo mudado e com algumas mudanças programadas pra semana que vem, e já estou bem feliz com o resultado.
A conclusão de tudo isso é que a beleza natural está aí para ser admirada. A nossa sociedade aprendeu a admirar uma beleza fictícia das mulheres perfeitas das novelas e filmes que só são perfeitas depois de horas de preparação no salão e nós, pobres mortais, achamos que elas acordam todos os dias lindas e belas daquele jeito.
Bonita mesmo é aquela que não precisa de escova e maquiagem para ser admirada. Mas toda mulher, ou melhor, toda pessoa, todo ser - por que eu incluo os animais, árvores e frutas nisso -, tem sua beleza natural, cabe a ele se descobrir e aprender a explorar isso. Sim, eu acredito mesmo nisso, apesar de ter tacado química no meu cabelo para mudá-lo. Porque eu acredito que, se você não descobre como se sentir bonita e feliz consigo mesma de uma maneira mais natural, não tem nada de errado em tentar por outros meios, desde que saiba seus limites.

Enfim, talvez tudo tenha ficado um pouco confuso pois não revisei o texto nem nada, mas espero que a idéia geral tenha ficado no ar. E, só pra ressaltar, Zeca Baleiro é tudo de bom! Se alguém descobrir uma música dele que não seja fantástica, me mostre, porque todas as que eu conheço são maravilhosas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reflexões Cotidianas: Relacionamentos, amizades, pessoas e afins.

E chegou um momento em que todos sumiram e eu fiquei sozinha. Quem me conhece bem sabe que eu posso ser - e quase sempre sou - a pessoa mais dramática que se possa imaginar, mas às vezes eu fico pensando se tudo é realmente exagero e neurose minha ou se tem alguma origem concreta, e eu acho que tem.
Quando acabei o Ensino Fundamental II foi provavelmente o rompimento que mais me afetou, pois eu tinha feito amigos realmente queridos e que eu amava - e amo ainda - muito mesmo, e tinha criado uma relação absurda de dependência com eles. Com o fim do ano de 2006, eu mudei de casa e de colégio e passei por períodos horrívels, me sentindo muito sozinha e abandonada. Ficar do outro lado da cidade quando todos os seus amigos permanecem próximos e distantes de você pode ser realmente terrível.
Demorei um ano mas consegui me adaptar ao Equipe e às pessoas de lá, que eu passei a amar também. Com o tempo, eu já estava dependendo deles e não mais dos meus antigos amigos, mas é claro que o ciclo iria se romper e no final de 2009 mais uma vez houve a quebra.
Com todo o drama que eu consigo fazer ser a minha vida e ainda mais num ano de cursinho, as coisas ficam apenas mais e mais difíceis. Num cursinho ninguém se importa, ninguém liga, ninguém quer te conhecer, muito pelo contrário, eles ficam loucos esperando uma falha sua para te criticar até não poder mais.
Assim, eu transferi minha dependência mais uma vez, agora para o meu namorado. Se eu não saio com ele, não sei o que fazer. Se eu não consigo falar com ele, fico perdida. Não é isso que eu quero para mim. Eu quero lembrar que um dia eu já tive grandes amigos e que eu ainda posso tê-los. Não quero ficar nos meus poucos dias de férias sentada na minha cama reclamando quando meu namorado não pode me ver sem tomar nenhuma atitude. Eu preciso lembrar que eu valho a pena e que por aí existem pessoas que se importam e querem estar comigo! Eu preciso disso mais do que nunca.

Eu sei que provavelmente ninguém vai ler este texto, mas algumas vezes é preciso desabafar e a escrita sempre foi um refúgio para mim. Agora vamos ver como as coisas ficam, espero que tudo ande bem.


domingo, 11 de julho de 2010

Filme: A Fita Branca

Ontem fui ao cinema assistir o filme "A Fita Branca". Um filme que se passa na Alemanha no período que prescede a Guerra Mundial.

Não quero me demorar muito falando a respeito do filme nem das minhas impressões pois ainda estou pensando a respeito, mas mesmo assim já posso dizer que é um filme e tanto. Achei muitíssimo bem feito e muitíssimo interessante. Lógico que me apeguei às minhas viagens ao invés de me preocupar realmente com a história em si. Fiquei pensando na época que o filme retrata e em todas as críticas e contradições que ele mostra. Para quem não viu, fica a dica. Está em cartaz no HSBC Belas Artes, na Consolação com a Paulista.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Poema de última hora


Dança, menina, dança!

que a vida é para aproveitar

Dança que é pra viajar,

pro chão tremer

e a tudo encantar...


Dança que é contagiante

que é excitante

e energizante!


Dança com rima, som

e molejo

com graça, pirraça

e sem jeito...


Dança que a vida é curta

que a dança amansa

e descansa

que a dança dança

Dança, dança!
Poema de última hora, Flora Gehrke