sábado, 19 de junho de 2010

Reflexões Cotidianas: Nacionalismo à flor da pele

Dado o sinal, todos saem às ruas, dirigindo-se eufóricos e apressados para seus carros, táxis, terminais de ônibus ou de metrô, já tirando uma blusa no caminho ou colocando outra por cima dos agasalhos.

Andar pelas ruas de São Paulo no dia da estréia do Brasil na Copa do Mundo de Futebol é uma experiência e tanto. Enquanto caminhava pela Rua da Consolação e Av. Paulista, observava os pontos verde e amarelo surgindo um a um. Todas as raças, todas as classes e todas as idades estavam representadas ali, naquelas pessoas vestindo a camisa do Brasil com chapéus, óculos, brincos, perucas e cachecóis verde e amarelo. E o mais incrível é que esse fenômeno provavelmente acontecia simultaneamente em todas as cidades do país. A sensação era a de feriado nacional, como muitos disseram.

Até mesmo aqueles que não gostam de futebol pararam seu dia por algumas horas naquela terça-feira para assistir ao jogo, mesmo que a porção de batata frita na mesa ou a conversa com um amigo estivesse mais interessante que o jogo para aquela pessoa, mas ela estava lá. Os bancos e as escolas fecharam, estavam todos comemorando a vitória antes mesmo do jogo começar.

No final, o jogo não ocorreu como a maioria das pessoas esperava, mas na realidade, o que mais importava para a maioria dos brasileiros era comemorar, era deixar um pouco de lado as críticas que fazemos o tempo inteiro para torcer um pouco pela nossa seleção, para aderir ao espírito nacionalista.

Acabou o jogo com dois gols do Brasil e um da Coréia do Norte (e eu ganhei o bolão).



Amanhã tem outro jogo, veremos se me rende outro texto!

Um comentário:

  1. eu também ganhei o bolão nesse jogo Flora, e nem assití ao jogo porque acabou a energia em casa, e aqui na rua estava o maior silêncio, só soube dos gols pelos fogos.

    bem vinda à blogosfera!

    (eu estou enganada, ou vc já tem outro blog?)

    se puxar a tia vai ficar viciada nisso!

    beijinho
    tia Ju

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